Na frente do espelho,
cabelos desalinhados. Olho as marcas do tempo, revejo momentos de intensidade:
vejo a menina dançarina, a adolescente displicente, a mulher admirada, a cada
dia, mais bonita. Quase esquecida.
Vejo a mãe fascinada e insegura,
a profissional apaixonada. E a timidez refletida no rosto, num sorriso contido,
questionando se houve tempo perdido. Tempo feio. Tempo desmerecido.
Vejo lembranças soltas ao
tempo, no relento das emoções. Vejo, não esqueço. Elas são o que são. São
pedaços de uma vida que abriu e fechou feridas.
Lembranças que teimam em voltar. Mesmo que eu queira, elas não irão me deixar.
Vejo o tempo se esvaindo...corro,
ele não volta! Segue seguro, maduro. Deixando-me presa nas lembranças, presa
dentro de mim. Esperançosa de melhores dias no futuro.
Tempo aonde vais?
Tempo segue em frente!
Tenho medo e vontade de
prosseguir, pois do tempo não há quem possa fugir. E ainda tenho tantos
caminhos a percorrer, espero que eles me levem bem para perto de você.
Tempo. Tudo ao seu tempo,
mesmo que cause medo, angústia, dúvida. O tempo corre de quem o busca.
Querido tempo, obrigada pela
honra de reviver todos os meus momentos, aqui registrados para sobreviver aos
dias vindouros, ao futuro dos pensamentos.
....Frag-men-tos....Meus....
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